Ele está na 8ª posição nos meus 10 lugares mais marcantes do esporte. Conheça esse recanto canadense que é muito mais do que uma pista de corrida
Era meio dia em ponto quando acordei. Assustado, pensei comigo mesmo: “Perdi a Corrida!” Eu estava em Montreal, no Canadá, hospedado perto do centro da cidade. E, em cerca de uma hora, começaria o Grande Prêmio do Canadá, na Ilha de Notre Dame. “longe” dali.
Corri para a estação de metrô, que ficava a 50 metros de meu hotel, e tomei o trem para a Ile de Notre Dame. Em menos de 20 minutos, desci na estação. Quando saí, imaginei estar no lugar errado. Era um parque arborizado, cheio de gente andando como se nada de mais estivesse acontecendo ali. Mas eu estava no lugar certo, sim.
O Circuito Gilles Villeneuve, onde todos os anos é realizado o GP do Canadá de Fórmula 1, é muito mais do que uma pista de corridas. Ele fica dentro do espetacular Parc Jean-Drapeau, uma enorme área de lazer criada em 1967, para a Expo 67, a feira mundial que ocorre de tempos em tempos mundo afora (São Paulo está disputando para ser sede da edição de 2020).
O parque ocupa duas ilhas do Rio São Lourenço. A maior delas é a île Notre-Dame, onde fica a pista. E há também a Sainte-Hélène. Entre elas, uma raia de remo, que foi usada nos Jogos Olímpicos de 1976.
Além das enormes áreas verdes e do circuito, o Parc Jean-Drapeau tem o modernoso Cassino de Montreal e um parque de diversões – o Six Flags La Ronde.
Há ainda atrações como uma pista de snowboard, o museu Montreal Biosphere, uma praia artificial, um complexo de piscinas olímpicas e um lugar para shows, onde já se apresentaram Coldplay, Dave Matthews Band, Radiohead, Metallica, Bon Jovi, Iron Maiden e Nickelback.
Sem contar o festival Weekends of the World, que acontece todos os anos em julho, levando atrações musicais, culturais e gastronômicas de todo o planeta para lá. Tudo de graça!
Um passeio imperdível, seja em dia de corrida da Fórmula 1 ou não.
Saiba mais: www.parcjeandrapeau.com/en
Créditos das fotos: Montreal Tourism, Quebec Tourism e Mark McArdle/Wikicommons
Se não tiver corrida no circuito, ele fica aberto como uma rua comum (com pouquíssimo tráfego) e uma ciclovia segregada análoga à ciclofaixa de lazer que existe aos domingos em SP.
O Biosphère dá um desconto de 50% se demonstrar que foi ao parque usando transporte público ou bibicleta.
Para os geeks de plantão, a estrutura “esférica” em torno do Biosphère é um Domo Geodésico, projetado pelo arquiteto Buckminster Fuller. Formada por triângulos que se juntam para formar hexágonos e pentágonos. Um exercício interessante é encontrar os pentágonos da estrutura.