Cinco vinícolas pelo mundo

Você nem precisa ser um fanático por vinhos para curtir os diversos passeios que as vinícolas oferecem. Confira as cinco mais bacanas que eu visitei nos últimos tempos (pré-pandemia…)

1. Bründlmayer Wines
Langenlois  – Áustria

No Brasil, não é muito comum ouvir falar de vinhos austríacos. A razão está muito mais ligada à quantidade do que à qualidade. Esgotados antes mesmo de serem exportados para fora da Europa, eles são parte importante da gastronomia do país.

A região vinícola mais importante do país está no município de Langenlois, a 70 km de Viena. Num bate-volta, dá para visitar a Bründlmayer, vinícola de renome internacional, sobretudo graças à uva Grüner Veltliner, um orgulho nacional.

Na minha visita, conheci os vinhedos, a loja e também o restaurante próprio, chamado Heurigenhof Bründlmayer, no qual jantei em companhia do dono da vinícola, Willy Bründlmayer – uma cara muito simples e bacana!

À noite e nos fins de semana a partir do meio-dia, esse restaurante se transforma em um centro para os amantes da boa comida e do bom vinho, com gente vindo de várias partes da Áustria.

Todos os rótulos à venda e uma seleção de garrafas que nem sequer saem para os mercados estão disponíveis no restaurante. Isso tudo  “a preço de adega”.

No verão, a construção renascentista encanta os visitantes com seu pátio repleto de plantas. Se o tempo estiver frio, uma lareira irradia calor e conforto.

Saiba mais: https://www.bruendlmayer.at/en 


2. Famille Picard
Borgonha – França

A Borgonha é uma das mais prodigiosas regiões de viticultura do planeta. Mais que isso, éla é uma grife. E por isso esta vinícola localizada ao largo do aprazível Château de Chassagne-Montrachet se tornou uma das mais visitadas da Europa.

Seus tintos á base da uva pinot noir são premiados internacionalmente e ela arrebanha turistas também graças a seu hotel-boutique de apenas 5 quartos em meio aos vinhedos. Sem falar em seu belo museu.

No interior da Famille Picard há uma adega do século 14, onde as degustações são realizadas. E a vinícola oferece ainda um charmoso restaurante, em que a harmonização dos vinhos com os pratos é perfeita.

Durante a minha visita, dei a sorte de topar com a proprietária Francine Picard, que mesmo sendo uma das maiores celebridades do mundo dos vinhos, me atendeu de forma supersimpática, sem qualquer estrelismo.

Saiba maiswww.famillepicard.com


3. Família Zuccardi
Mendoza – Argentina

Colada aos Andes, numa das regiões mais cênicas de toda a Argentina, a cidade de Mendoza tem se consolidado como uma “meca do vinho” na América do Sul.

Essa área ficou particularmente célebre por seus vinhos de uva malbec. A vinícola Família Zuccardi é uma das maiores da província e conhecida internacionalmente pelo apuradíssimo complexo de recepção a visitantes.

Ela engloba não apenas os vinhedos e a linha de produção como também um restaurante de alto padrão, auditório para cursos e palestras, centro de degustação, loja e inúmeras atividades oferecidas aos visitantes.

Dá para fazer desde passeios de quadriciclo até sobrevoos de balão sobre as plantações. Tudo isso com o panorama nevado da cordilheira ao fundo.

Ah, o restaurante da Zuccardi figura na minha lista dos cinco imperdíveis que visitei nos últimos anos, Dá uma olhada!

Saiba maiswww.familiazuccardi.com


4. Elderton Wines
Barossa Valley – Austrália

O Sul da Austrália tem um dos melhores climas do planeta para a plantação de uvas viníferas. Some-se a isso a imigração europeia e não admira que ali tenham surgido nos últimos cinquenta anos vinícolas capazes de competir com quaisquer outras do mundo todo.

No Vale de Barossa estão várias delas. Eu tive o privilégio de visitar  a Elderton, uma vinícola familiar fundada em 1894 por imigrantes alemães.

A revista especializada Wine & Spirits a incluiu no rol das , “100 melhores do mundo”. Isso graças a seu vinho da uva shiraz, que foi consagrado por duas vezes o mais perfeito do planeta em3 concursos de enologia.

A Elderton está a 85 km de Adelaide e uma visita a ela inclui degustações, passeios pelas colinas repletas de uvas e, para quem preferir, até mesmo hospedagem, no simpático Elderton Guest House – uma pousadinha pra lá de glamorosa no meio dos parreirais.

Saiba mais: www.eldertonwines.com.au


5. Peller Estates
Niagara-on-the-Lake – Canadá

Vinícola Peller

Você nunca ouviu falar dos vinhos canadenses? Tudo bem, a culpa é da produção módica, que acaba sendo consumida ali mesmo ou nas grandes cidades do país, com raríssimas garrafas sobrando para cruzar fronteiras.

A qualidade, contudo, é digna de exportação. Isso por causa de fatores como o microclima de nuances mediterrâneas, o solo excelente para uvas como Pinot Noir e Cabernet Franc e a latitude ótima – a mesma dos vinhedos de Bordeaux, na França.

Assim, ao longo do tempo, vinte e sete vinícolas se estabeleceram por ali, a maioria delas familiares e de pequeno porte, mas quase todas abertas à visitação, com direito a degustação, passeios pelos vinhedos, cursos, loja e ótimos restaurantes.

O mais notável produto da região é o ice wine, vinho de sobremesa produzido a partir de uvas propositalmente congeladas ainda nos vinhedos e, depois, submetidas à fermentação em baixíssimas temperaturas.

Na visita que fiz à Peller Estates Winery, fui surpreendido por uma incursão pela “10 Below”, nome da sala de degustação mantida a 10 graus abaixo de zero, onde você prova um dos mais célebres ice wines do mundo.

Você ainda pode fazer cursos, degustações, almoçar por lá ou simplesmente passear num dos recantos mais aprazíveis da pátria dos Raptors…

Saiba mais: https://www.peller.com/

Publicado por Paulo Mancha

Jornalista especializado em turismo, foi editor chefe da Revista Viajar pelo Mundo e repórter das revistas Terra e Próxima Viagem. Desde 2003, fez mais de 50 reportagens internacionais e, em 2012 e 2014, foi agraciado com o Prêmio de Melhor Reportagem da Comissão Europeia de Turismo. Comentarista esportivo do canal ESPN, Paulo decidiu unir neste blog as duas paixões: viagens e esportes.

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