Fizemos o tour guiado pela moderna arena multiuso paulistana. Um passeio divertido mesmo para corações não verdes!
Por Flávia Pegorin*
A primeira pergunta que a guia faz é: “Alguém aqui é de fora da cidade de São Paulo?”. A segunda pergunta é: “E alguém aqui não é palmeirense?”.
A primeira pergunta, lógico, era só pra desarmar a moçada. Afinal, quem entraria em um tour no estádio Allianz Parque, cara do alviverde paulista, gritando aos quatro corners que é torcedor de São Paulo, Corinthians, Santos ou times de outros estados?
Bom, foi o meu caso. Mas o tour à arena, além de muito bacana, foi seguro mesmo para uma não palmeirense como eu. Foi surpreendente também, desde o momento inicial até a saída.
O ingresso para a visita guiada ao Allianz Parque, localizado no bairro do Sumaré, zona oeste de São Paulo, é vendido pela internet e, para não sócios do clube, custa R$ 40 a inteira.
Vale o quanto cobra – Visitar o estádio em dias de jogos ou mesmo em um dos megashows marcados ali deve realmente ser divertido, mas conhecer o esqueleto (mais órgãos vitais e também o coração) de uma construção moderna como essa é igualmente interessante.
O tour leva cerca de 1h30 – começando por um “esquenta” na sala de recepção no subsolo, onde funcionários entretêm as crianças e, vestidos a caráter, tiram fotos com torcedores (essa eu passei, juro, ou meu pai são-paulino morreria de desgosto).
Dali, o grupo segue pelos corredores internos, conhecendo parte da antiga estrutura do então Parque Antártica, sobre o qual foi erguido o Allianz Parque (já que o alvará da obra era de reforma, não de um novo estádio).
A visita passa ainda pelo setor de imprensa, mostrando inclusive uma das cabines de rádio e TV, onde jornalistas narram as partidas, e às arquibancadas, mostrando a visão panorâmica que 40 mil torcedores têm da arena.
Wi-fi e água reciclada – A guia aproveita para passar informações interessantes sobre o Allianz Parque – apresenta desde as 500 antenas do wi-fi gratuito para todo o complexo, o local onde breve será aberto um restaurante com vista para o campo
Ela fala também sobre a estrutura em si. O Allianz é recoberto por uma fachada de aço inox que permite melhor aproveitamento da ventilação e iluminação natural, além de funcionar como elemento de controle solar passivo, a fim de moderar a temperatura no ambiente.
A arena conta também com um sistema de captação de água da chuva – fazendo o recurso ser reutilizado dentro das dependências da arena, evitando que as galerias pluviais da região sejam sobrecarregadas em dias de temporal.
Enfim, o gramado! – O tour segue então para o centro pulsante do estádio (pelo menos para um amante do futebol): primeiro vêm os vestiários, modernos, com sala de treino, sala de fisioterapia e os espaços de cada jogar.
É o momento em que os palmeirenses vão à loucura, tirando fotos com as fotos de seus ídolos ou derramando lagriminhas com o vídeo que exibe grandes conquista do clube.
Para os boleiros em geral, o ápice real vem a seguir: a passagem pelo túnel de acesso e a entrada no gramado central.
Palmeirense ou não, todo mundo que curte a bola redonda se emociona imaginando como é ser um jogador profissional e marcar um gol na arena lotada.
Palmeirense ou não, o visitante consegue emocionar com a visita organizada ao Allianz Parque, que tende a virar um passeio obrigatório para quem vem a São Paulo e curte o futebol sem rancores ou o velho clubismo.
Para mais informações: Allianz Parque Tour
FLÁVIA PEGORIN é jornalista especializada em turismo e gastronomia – mas gosta de praticar bons textos no dia a dia também. É torcedora fiel do São Paulo FC, do New York Jets, do Boston Red Sox, do Chicago Bulls e da seleção feminina de curling da Suécia. Escreve semanalmente no Viajando por Esporte para dividir todas as suas viagens.
Excelente matéria! A jornalista também!