Um tour esportivo na Irlanda – Parte 3

CAVALOS, GLAMOUR E AREIA

Nesta parte, as agradáveis vilas litorâneas de Laytown, com suas corridas de cavalos na praia, e Malahide, com sua vida náutica inigualável

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No meu terceiro dia na Irlanda, fui levado a um dos mais belos recantos do país, a costa nordeste.

Nessa região fica a pacata Laytown, uma vilazinha praiana de apenas 2 mil habitantes, a 50 km de Dublin. É um lugar especial, com diversos sítios arqueológicos e pequenos hotéis e casas de veraneio. Tudo num ambiente de extrema tranquilidade.

No entanto, desde 1868, a população quadruplica por um fim de semana no mês de setembro. Isso graças às Laytown Races.

Trata-se de inusitadas corridas de cavalos na praia. Sim, a disputa não acontece num jockey club, mas sim nas areias do singelo município.

Gente do país todo – e de fora dele – vem assistir às corridas. É muito divertido ver homens de terno e mulheres de vestidos de gala muitas vezes descalços nas areias.

E o jogo rola solto: barracas de apostas com luminosos e tudo mais são improvisadas na orla. Até um mega-telão é montado, na área onde os cavalos são apresentados ao público antes dos páreos.

E, como não poderia deixar de ser, não faltam food trucks e mesmo restaurantes improvisados em grandes tendas, servindo petiscos típicos, como o Irish Corned Beef (carne desfiada com repolho) e o Colcannon (uma espécie de purê de batata com vegetais). Tudo regado a Guinness, claro.

Malahide – No caminho de volta de Laytown, hospedei-me no Grand Hotel de Malahide, outra cidade litorânea, a menos de 20 km de Dublin.

Se você é fã do U2, talvez já tenha ouvido falar desse pitoresco vilarejo: é a cidade natal dos músicos Adam Clayton e The Edge.

Malahide, apesar de diminuta (tem apenas 16 mil habitantes), é um lugar onde florescem atividades esportivas. Ali há clubes famosos de futebol gaélico, hurling, rugby, futebol, basquete, tênis, cricket, golfe e iatismo.

Trata-se de um cenário pleno de beleza e bucolismo, com ruas floridas, casinhas coloridas, um castelo na paisagem, além do Grand Hotel, com seu restaurante de frente para o estuário de Broadmeadow.

E uma curiosidade: aqui foi um dos mais importantes pontos de apoio dos vikings durante a ocupação da Irlanda no Século 9.

O que mais me fascinou, no entanto, foi a quantidade de veleiros e lanchas na paisagem. Não admira que neste local fique uma das mais tradicionais escolas de iatismo do país, a DMG SailSports.

Além do maior clube de escotismo oceânico da Europa, o Malahide Sea Scouts, fundado em 1908 e que hoje conta com nada menos que 600 membros, que diariamente se dedicam a tarefas ligadas à natureza e à preservação da vida marinha.


(Veja as outras partes da reportagem)

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Publicado por Paulo Mancha

Jornalista especializado em turismo, foi editor chefe da Revista Viajar pelo Mundo e repórter das revistas Terra e Próxima Viagem. Desde 2003, fez mais de 50 reportagens internacionais e, em 2012 e 2014, foi agraciado com o Prêmio de Melhor Reportagem da Comissão Europeia de Turismo. Comentarista esportivo do canal ESPN, Paulo decidiu unir neste blog as duas paixões: viagens e esportes.

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