Um jogo no SunLife Stadium de Miami

O advogado e fã de futebol americano Rodrigo Becker conta a experiência de ver uma partida da NFL no tradicional estádio do Miami Dolphins

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Texto e fotos por Rodrigo Becker*

No meio do ano, resolvi fazer uma viagem de 10 dias para os EUA, com o objetivo de assistir a jogos da NFL.Analisei o calendário e fechei um roteiro que começou por Miami, em razão da facilidade de chegar à cidade, vindo do Brasil. E pela tabela da NFL: o jogo que eu pegaria no Sun Life Stadium era Dolphins x Bengals, num Thursday Night Football.

Jogo escolhido, passagens compradas, comprei os ingressos pelo Stubhub (www.stubhub.com).

Pra mim, é sempre a melhor opção. Os ingressos são mais baratos, porque eles vêm, em regra, dos “carnezistas”, aqueles que compram o carnê pra temporada inteira e não podem ir a algum jogo. Tanto que o nome do “dono” do ingresso vem impresso no seu bilhete.

Escolhi um assento quase colado ao campo, na linha lateral, porque em Miami os ingressos são mais baratos que em outros estádios da Liga, como MetLife, Gilette, Candlestick Park, etc.. Para se ter uma ideia, paguei U$ 100 pelo ingresso, que em outros estádios poderia chegar até a U$ 500 pelo mesmo local.

O jogo estava marcado para as 20h25, horário local. Saí do meu hotel, em Miami Beach, às 18h30 e em 40 minutos de carro estava entrando no estacionamento do SunLife. Vale ressaltar que não há trens para o estádio. As linhas de ônibus são poucas, portanto, o carro é principal, senão única, opção.

Algumas observações importantes:

a) No final da tarde, em Miami, em dia de semana, tem muito trânsito saindo da cidade;

b) Chegando ao SunLife, pela autoestrada, você começará a vê-lo a sua esquerda e, se não prestar atenção, perderá a entrada para os estacionamentos, que fica à direita. Aconteceu comigo e o retorno é muito longe!

c) O “parking lot” é imenso e você compra o tíquete de entrada na hora. Eu comprei de um cambista (isso mesmo, eles ficam parados na rua)o acesso ao estacionamento dos “tailgates” – aquele churrasco que os americanos fazem antes do jogo. Paguei U$30 e parei a uma distância tranquila do estádio.

No caminho para o SunLife, tinha tailgate até dizer chega. Desde os simples, com churrasqueira e muita cerveja, até uns mais elaborados, com “mini campo” de futebol americano, karaokê, e música latina à vontade.

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Antes da entrada, tinha um palco em frente à loja oficial dos Dolphins, em que tocava uma banda amadora de rock and roll.

A entrada no estádio é muito tranquila. Mas atenção à nova política da NFL: somente bolsas muito pequenas (carteiras) ou transparentes são permitidas. Tivemos que voltar ao carro para deixar uma das bolsas e a da minha máquina fotográfica quase não entrou. Acho até que passou na camaradagem dos seguranças.

Dentro do estádio, impera o padrão americano: muita comida, bebida, e quiosques de venda de produtos dos Dolphins por toda a parte. Um copão de 600 ml de cerveja sai a US$ 8, e um sanduíche (tem de todo tipo), em torno de U$ 10.

Na Flórida, os bares param de vender cerveja ao final do terceiro quarto (em NY é no intervalo), mas até lá já deu pra beber muitas Sam Adams (excelente cerveja americana).

Os lugares eram muito bons. Colados na sideline, apenas 8 poltronas atrás. A torcida é muito animada (a mais animada que vi até agora nos EUA), mas acho que muito por conta do clima (estava 25˚c naquela noite).

O estádio é grande, ainda que não esteja entre os maiores da NFL, mas as cadeiras seguem o padrão americano “estreitas e apertadas”.

Vários personagens passam pelo telão do estádio ou pelas cadeiras. Destaque para o torcedor dos Bengals de capacete, e para o highlander, de 200 anos, Hulk Hogan. Teve até pedido de casamento transmitido no telão durante o intervalo.

O jogo começou meio morno, com os Dolphins devagar, apanhando feio em todas as tentativas de descidas. Logo se animou e pareceu que daria um banho nos Bengals. Mas depois do intervalo, especialmente no terceiro quarto, os Bengals ligaram o motor e parecia que levariam.

Um fieldgoal no último segundo do jogo empatou tudo e levou pra prorrogação. A essa hora, a torcida estava delirando. Destaque para um casal mais velho, que sofria e berrava ao meu lado, como se aquela fosse uma final. Na prorrogação, a vitória veio com um “safety”, apenas o terceiro na história da NFL a servir de ponto final em uma prorrogação. Histórico.

A saída do estádio foi tranquila com um pequeno engarrafamento, mas que não demorou nada.

Valeu demais pelo jogo, pelo estádio, pela NFL, e pela facilidade de acesso.

76364_530726703633948_1695600080_nRodrigo Becker, 35 anos,
é advogado, mora em Brasília
e torce para os Steelers.

Saiba mais: http://www.sunlifestadium.com 

Publicado por Paulo Mancha

Jornalista especializado em turismo, foi editor chefe da Revista Viajar pelo Mundo e repórter das revistas Terra e Próxima Viagem. Desde 2003, fez mais de 50 reportagens internacionais e, em 2012 e 2014, foi agraciado com o Prêmio de Melhor Reportagem da Comissão Europeia de Turismo. Comentarista esportivo do canal ESPN, Paulo decidiu unir neste blog as duas paixões: viagens e esportes.

10 comentários em “Um jogo no SunLife Stadium de Miami

  1. Para os fãs da bola oval, assistir um jogo em um estádio é um dos programas mais legais que existem! Já há dois anos que eu e meu marido programamos nossas férias de acordo com a agenda da NFL! Ano passado conseguimos ver um jogo dos Jets em NY e do Buccaneers em Tampa. Esse ano fomos assistir nossos times de coração! Vimos Vikings em Mineápolis (time do marido) e Packers em Green Bay (meu time!). Foi demais, emocionante… Experiência única!! Ainda conseguimos ver um jogo de college em Mineápolis e do Steelers em Pittsburgh. Outra coisa bem legal que fizemos foi um tour no Lucas Oil, em Indianápolis. Duas vezes por semana (de terça e quarta se não me engano) eles vendem tours pelo estádio. Conhecemos tudo! Camarotes, área de imprensa, pisamos no campo e entramos nos vestiários!

    Espero continuar vendo relatos de jogos aqui no blog!!

    🙂

    Beijos!

  2. Olá, sabe dizer se tem alguma política de atraso no estádio? Podemos entrar depois que o jogo começa? Queremos comprar nossos ingressos, mas estamos receosos de não conseguir chegar à tempo, de Orlando.
    Obrigada 🙂

  3. Ahahaha eu fui um mês depois que ele, jogo contra os Patriots, comprei no mesmo site. Não sabia de retorno ser longe, ainda bem que o gps acertou rs Paramos o carro no estacionamento do Estádio, que foi bem mais barato que 30 dólares, na euforia esquecemos de ver qual era o estacionamento e vaga, quando saímos, uma hora e meia pra achar o carro ahahaha Saudades! Foi muito bom!

  4. Amigo boa noite.
    Irei amanhã ver 59 x Dolphins.
    Qto as regras, tenho dúvidas:
    Minha esposa pode levar bolsa?
    Digo isso em virtude dos documentos e por segurança. Preciso levar passaporte ou rg/cnh resolve?
    Qto a câmera, levo a bolsa da máquina ou só a máquina exposta?
    Qto ao estacionamento, dizem que tem um Walmart ao lado e seria gratuito. Não vejo problemas em pagar no estádio, seria apenas um economia (boa ou burra rsss)
    Obrigado se puder responder.
    Parabéns pelo blog!

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